Caminhava pelo acostamento. O farol dos carros me cegava. Andava em frente sem saber onde pisar. Apenas seguia, sem medo do que vinha, sem medo do destino. Estava entre o campo e a cidade, estava entre a metrópole e a solidão
De repente, não tinha mais nenhum carro na pista. Caminhava só. Olhei para cima e vi um céu estrelado. Estrelas se distribuíam como em uma obra de arte.
Três delas começaram a piscar e locomover. Uma delas, vermelha. O avião andava cada vez mais baixo, parecia pousar próximo dali. Depois que ela foi embora todo avião era sinônimo de esperança, a esperança de trazê-la de volta.
Entrei em uma estrada de terra a minha esquerda. Dessa vez a lua cheia era quem apontava no horizonte. Tão cheia que ocupava os extremos da estrada. Uma claridade perfeita, amarela, intensa. A imensidão absurda ficava próxima de mim. Um céu em sincronia.
Fechei os olhos e desejei tocá-la.
Abri os olhos e vi as estrelas do avião saindo da minha frente.
Ela estava do meu lado e nós estávamos sentados na lua.
Olhei pra ela e sorri sem acreditar no momento. Estávamos sobre tudo. As estrelas, agora, ainda mais próximas. Podíamos tocá-las. As luzes da cidade ao fundo criavam um segundo céu estrelado e o breu do campo ganhava a nossa claridade.
Juntos entre dois extremos: Estrelas e escuridão. Cidade e campo. Sonho e realidade.
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