Quantas vezes nos fizemos de bobo apenas para se
aproximar? Apenas para sentir a pele dela na sua?
Quantas vezes trememos quando chegamos perto da pessoa amada? Quantas
vezes ensaiamos antes o que imaginávamos que íamos falar no primeiro
encontro e na hora tudo travou? É o medo de travar. O medo do fracasso.
Realidade do amor. Realidade dos primeiros encontros.
O fracasso anda junto com o amor. O medo do fracasso também. Mas é forte
aquele que passa por cima e se aventura. Treme, sua frio, mas consegue dizer
que gosta. Consegue dizer que ama. Consegue pedir um beijo.
O amar é ser covarde. Covarde por não pedir um beijo. Covarde por não
dizer que gosta. Por não dizer que ama. Covarde pelo coração disparar, pela
mente travar, por não nos sentirmos capazes. Por achar que tudo é um abismo.
Por achar, infelizmente só achar, que ela não tá a fim. Muitas vezes não tá, mas
cabra-macho é aquele que arrisca. Aquele que não tem medo de levar um fora. Que
não se esconde.
Cabra-macho é aquele que não liga para o que os outros acham e chega
junto. Tem pegada e diz tudo com o olhar.
Cabra-macho é aquele que fala o que precisa e não deixa o amor ir
embora. Amar também é oportunidade, se ela for embora, talvez não conseguimos de volta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário