Luis Rodríguez López - Granada, Espanha. |
A distância não muda o amor, apenas o meio de amar.
Amar a distância é idealizar e sofrer de esquecimento, uma espécie de
amnésia do amor. Esquecer a pele, o olhar, os detalhes do corpo, o toque daquele que você ama. É fazer o amado virar uma celebridade, daquelas que
quando vemos pessoalmente não acreditamos ser de verdade.
Quem dera pudéssemos nos ver pessoalmente a qualquer hora!
Amar a distância é trocar o "oi", seguido de selinho, por um
"oi" com você dizendo "beijinho" apenas no final da ligação.
Amor a distância é covardia com os apaixonados. Não é prova de amor, é
tortura.
O amor a distância é um devaneio de lembranças. É pertencer àquele a que
ninguém pertence, é pertencer ao futuro que nem sabemos se um dia vai chegar.
Trocar o físico pelo virtual não é privilégio nenhum, é picaretice do
amor. É passar vontade.
Amar a distância é ser rico e não ter dinheiro para comprar a presença
dela, nem o corpo dela, nem o beijo ou uma beliscada. É ver um casal alheio
junto no metrô e só poder salivar. Passar vontade.
Amar a distância é a tragédia que se mantém. É o sofrimento que queremos
que sempre permaneça, é a dor que queremos que continue, pois se um dia acabar não teremos chão. Melhor ter um amor na webcam do que uma ex mais solta que
arroz de festa na House Party "cus amigu".
E digo mais: a dor da distância não caleja ninguém, apenas nos deixa mais
sensíveis. A distância valoriza ainda mais o amor.
parabéns pelos belíssimos textos...que os 60 dias não sejam imites, mas apenas um interregno de sensibilidade e vida!
ResponderExcluirparabéns pelos belíssimos textos...que os 60 dias não sejam limites, mas apenas um interregno de sensibilidade e vida!
ResponderExcluirMuito obrigado Bosco. Espero que continue acompanhando os próximos capítulos dessa história! grande abraço!
Excluir