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19.6.13

#04 - O mundo volta a ser um só

Flávio Scholles - Casal na cama

Os dias são relativos e me levam pra dois mundos, dois lados. Enquanto eles passam, aumentam a saudade pela distância entre nós dois, e, por outro lado, me faz saber que é um dia a menos para o reencontro.

O fim se aproxima, e chega a hora de voltar no mesmo lugar em que te vi partir. Não entendo até hoje por que fiz isso. Eu abri o próprio abismo em que me afundei, parece eterno, mesmo que temporário.

Da despedida ficou o beijo salgado de nossas lágrimas misturadas, e o sacrifício de um abraço interligado pelo nosso magnetismo. Um abraço com começo e sem fim.

Guardei nosso beijo dentro de uma concha e não lavei a camisa que eu usava quando nos despedimos, seu cheiro ainda estava ali.

A impotência de te ver entrar na sala de embarque e não poder mais te alcançar, de dar o último beijo, mesmo que nessas ocasiões nenhum beijo satisfaça a despedida. Logo, você já estava misturada com as estrelas do céu do outro lado do mundo.

A saudade que eu deixei partir, que me fez viver, me fez sentir.

Nas lembranças é impossível conter a dor, que aos poucos é substituída pela alegria e pelo sorriso.

Eu corro, a mil por hora, em qualquer hora, eu corro até você, eu corro pra te ver de novo.


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